Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são produtos da imaginação (fértil) da autora. Qualquer semelhança é mera coincidência. Eu garanto!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

CAPÍTULO 6


  Em psicologia, é bem conhecido o conceito de triangulação: quando uma relação entre duas pessoas está em crise, uma terceira pessoa costuma ser utilizada como elemento de estabilização. Eu chamaria de válvula de escape.

            Eu e Inácio tomamos o café juntos naquela manhã, de olhos baixos. Ele parecia distante.

           À noite, foi a mesma coisa, apesar de eu ter preparado um risoto de camarão, um de seus pratos favoritos. Eu estava me esforçando para quebrar o gelo entre nós.

            Apesar disso, durante todo o jantar, mal consegui conversar com ele. Seu celular apitou o tempo inteiro, e aquilo começou a me incomodar, porque era óbvio que não era assunto de trabalho. Não eram também mensagens do grupo, já que eu não estava recebendo nada. Embora tenha dado motivos para ser excluída, isso não aconteceu, o que Inácio considerou uma lástima. Preferia que Cássio tivesse me deletado.

-  Pede pra sair – ele sugeriu, quando percebeu que não haveria retaliação.

-  Que ridículo, Inácio! Andou vendo Tropa de Elite? - ironizei. Ninguém “pede pra sair”. Se eu quiser, simplesmente saio.

            Mas eu não quis. Talvez por um pouco de pirraça.

-  Por que seu celular não para de apitar? - não me aguentei e perguntei.

-   São corretores me enviando informações.

-   Corretores de valores?

            Inácio adorava investir na Bolsa. Aliás, eu tinha pavor do Eike Batista por causa dele. Grande parte de nossas economias foram pelo ralo na empreitada furada da petroleira OGX.

-   De imóveis – respondeu, calmamente.

            Fiquei confusa.

-   A clínica vai se mudar?

-   Não, Tessa, eu estou pensando em comprar uma casa.

-   Uma casa? - comecei a entrar em pânico.

-   Sim, uma casa de campo. Em um desses condomínios.

-  Para quem?

-  Para nós, naturalmente.

            Pronto! Eu estava em estado latente de ansiedade. Considerando que a TPM daquele mês era uma das mais fortes que já havia experimentado, eu não estranharia se entrasse na lista das fortes candidatas a serial killer.

-  Como assim, para nós? Do que você está falando? Por que não me consultou a respeito? - perguntei, exaltada.

-  Porque ainda não encontrei nada interessante.

-  Pois eu acho uma péssima ideia – rosnei.

-  Por quê? - perguntou, inocentemente.

Eu tremia de ódio quando Inácio se fazia de sonso.

-  Em primeiro lugar, adoro viver na cidade. Gosto de ir ao shopping, de comer fast food, desse trânsito louco, de semáforos, outdoors, essas coisas.

Mentira. E ele sabia disso, porque me olhou torto. Eu gostava, sim, das facilidades da cidade grande, mas só ia ao shopping em horários estratégicos – quando sabia que estava vazio, e só comia fast food – que eu chamava de junk food, por falta absoluta de opção. Odiava trânsito congestionado e os semáforos irritantes. Quanto aos outdoors, por mim poderiam desaparecer. Eu achava que era sinônimo de poluição visual. No entanto, eu tinha esse problema sério: gostava de contrariar. E, quando estava brava com Inácio, essa tendência se acentuava.

-  Isso não é verdade, Tessa. Você adora ficar em contato com a natureza.

-  Eu gosto. Mas por um tempo. Depois prefiro voltar para o meu apartamento na cidade.

-  Você pode voltar.

-  Como assim?

-  É um lugar para passarmos as férias e os finais de semana.

Eu precisava de outro argumento. E rápido.

-  Eu adoro viajar, Inácio. Você sabe disso. Uma casa vai nos prender. Além do trabalho e das preocupações, ficaremos inclinados a ir sempre para lá, quando podemos ir para hotéis e pousadas nos quatro cantos do planeta.

-  Meus pais tinham uma casa assim, e eu adorava.

Ah!!! Então, era essa a razão!

-  Sim, mas você era uma criança. Até concordo que pode ser interessante para os casais que têm filhos. Mas não é o nosso caso.

Ele me lançou um olhar perscrutador. Por fim, disse:

-  Por enquanto.

Eu tinha prometido a mim mesma que não discutiria mais aquele assunto com ele, então apenas respirei fundo.

-  De qualquer forma, ainda não gostei de nenhuma – ele tentou apaziguar.

E tomara que continue assim, foi o que pensei.

 
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Mas é claro que, determinado como era, Inácio não desistiu, e, no domingo seguinte, fomos visitar casas que estavam à venda em um condomínio, situado a 40km da cidade.

Inácio já tinha decidido que queria um imóvel naquele local, em que o clima e a vegetação lembravam a região da chácara de seus pais.

O corretor era chatíssimo e estava empenhado em nos vender algo naquele dia, ainda que fosse um saco de esterco. Felizmente, Inácio não era do tipo que se deixava intimidar ou influenciar, de modo que o sujeito teve que se contentar em nos mostrar as propriedades sem compromisso.

Nada nos agradou, até chegarmos à Vila Mariana. Uma casa branca, em estilo colonial, com uma linda fachada, cujos detalhes em azul conferiam um ar centenário à construção. Os jardins mereciam estar estampados em uma revista de paisagismo. Jamais me ocorreu encontrar uma casa daquelas ali.

Inácio ficou tão encantado quanto eu, mas não deixou o corretor perceber. Obviamente, o fato de a propriedade se chamar Vila Mariana, o nome de sua mãe, teve um peso significativo.

O interior da casa era sofisticado, contrastando com a fachada externa. Os cômodos eram amplos e arejados.

- Perfeito – ele sussurrou, baixinho, em meu ouvido.

Em seguida, pôs-se a caminhar pela área externa, que, aos fundos, abrigava um pomar, repleto de árvores frutíferas. Cada vez mais, aquilo parecia o que Inácio pretendia que fosse – uma propriedade adequada a crianças.

Desviei-me desses pensamentos detendo a minha atenção na casa vizinha. Se a Vila Mariana era um convite a reviver séculos passados, aquele chalé sugeria outra coisa. Amplo, de madeira e alvenaria, situava-se em terreno extenso e arborizado, com um jardim bem pitoresco, repleto de esculturas de leões e criaturas míticas. Um pequeno regato atravessava o horto.

Achei aquela casa interessantíssima e concluí que seus moradores deveriam ser tudo, menos convencionais. Eu adorava tipos excêntricos.

Caminhei em volta da propriedade, seguindo pela cerca decorada por buganvílias roxas e brancas, e me assustei com um pavão, que surgiu repentinamente à minha frente. Com cara de poucos amigos, grasnou. Me afastei da cerca, ao mesmo tempo em que ouvi uma voz grave:

- Soho!

         Neste instante, um enorme dog alemão se ergueu da grama e cruzou o jardim. Novamente, me assustei. Aquela casa parecia um zoológico. Será que seus moradores tinham se inspirado no filme com o Matt Damon? Mas, antes que eu risse da própria piada, avistei um homem moreno e alto parado junto à porta do chalé. Fiquei sem jeito por estar bisbilhotando sua residência, mas ele pareceu não se importar e acenou cordialmente para mim. Em seguida, entrou.

         Inácio, então, me chamou.

-  A vizinhança é muito tranquila – o corretor disse, notando que eu estava observando o chalé. Quem vive aí é um luthier. Mora sozinho, com seus animais.

          E, como se aquilo fosse fazer dele um sujeito simpático e espirituoso, acrescentou:

-  Outro dia, depois de mostrar a Vila Mariana a um potencial comprador, que, aliás, ficou muito interessado, fiquei olhando para esse chalé e me perguntando se isso não vai acabar se transformando na “Revolução dos Bichos”...

           Se dependesse de Inácio, aquela observação passaria batido, mas eu estava ali e não deixaria aquele comentário sem resposta.

-  Como? - achei melhor ter certeza do que ele estava falando, antes de considerá-lo um idiota completo.

-  Há, há, há. Foi só uma brincadeira. Eu estava fazendo referência àquele livro antigo, A revolução dos bichos.

-  Um clássico, você quer dizer.

-  Certo, certo. Um livro infantil.

-  Não é um livro infantil.

           Ele me olhou confuso.

-  É uma história alegórica sobre animais que assumem o controle de uma fazenda e declaram a igualdade, para, em seguida, perderem o rumo.

-  Isso aí – ele se empolgou. Não são os porcos que assumem o poder? Então, é uma história para crianças. Nunca li realmente, mas já ouvi falar.

-  É uma metáfora. Foi escrito em 1945, e é uma dura crítica à Rússia soviética e ao socialismo.

-  Ah, eu não sabia... - disse, sem graça. Então, se recompôs: - Bem, é um ótimo motivo para não ler nunca, então. Detesto esses assuntos.

-  Foi o que imaginei – desferi, sem piedade.

          Já no carro, enquanto o corretor acenava, sem muito entusiasmo, Inácio disse:

-  O cara era chato, mas precisava ser tão cruel, Tessa?

-  Não fui cruel...

-  É claro que foi, e você sabe disso.

          Fiquei em silêncio, porque ele estava certo. Inácio era muito mais gregário que eu. No bom sentido. E mais humano, também. Eu não tinha a paciência dele com pessoas menos instruídas e limitadas. Sim, fui cruel com o pobre corretor. Faltou bondade, nas palavras de Inácio, a quem eu nunca deveria perguntar por quem os sinos dobram. Ele saberia a resposta.

-  O que é um luthier? – ele interrompeu meus pensamentos.

-  O profissional que trabalha com a fabricação, customização ou restauração de instrumentos musicais – respondi, agradecida por mudarmos de assunto.

-  Tem alguma coisa que você não saiba, Tessa? - perguntou, com uma ponta de ironia.

           Se tem! - pensei. Não sei ser mãe!!!

-  Adorei aquela casa! - ele, finalmente, falou.

-  Percebi.

-  E aí, quer ser vizinha do luthier?

          Inácio não tinha noção do risco daquela pergunta. Nem eu tinha.

-  Vamos conversar com calma sobre isso, ok? Não se toma esse tipo de decisão assim. Precisamos pensar friamente – tentei conter a empolgação dele.

         Mas ele não prestou atenção ao que eu disse. Naquele momento, assobiava enquanto batia com os dedos no volante, animadamente.

 
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      Nos dias seguintes, discutimos várias vezes. O entusiasmo de Inácio era irritante. Ele só pensava e falava naquela maldita casa.

- Hoje, pedi ao Alexandre para dar uma olhada na Vila Mariana.

- Para quê?

- Ora, para ver se não há defeito estrutural.

         Alexandre era um arquiteto, amigo de Inácio.

- E aí, ele concluiu que ela está prestes a desabar?

- Não, está ótima – sorriu.

- Inácio, se você está precisando de um hobby, por que não aprende a jogar xadrez?

         Ele me encarou, magoado.

- Não seja tão antagonista, Tessa.

         E assim fomos nós, durante toda a semana. Até que, na sexta-feira, concluí que aquilo estava se arrastando demais. Inácio estava obcecado por aquela casa, e, ao invés de brigar, eu deveria mudar o foco, sem que ele percebesse. Se era uma guerra, eu precisava de uma boa estratégia. Sorri, ao imaginar que estávamos nos transformando em Ernest Hemingway e Martha Gellhorn, evitando considerar que, no caso deles, não houve sobreviventes.

         Então, naquela noite, preparei um ravióli ao molho pesto, prato que Inácio adorava. Quando estava tudo pronto, coloquei um vinho branco para gelar, tomei banho, vesti a minha melhor lingerie e um vestido sexy, e fui esperá-lo na sala.

         Assim que ele entrou, estranhou a mesa posta com esmero e os odores vindos da cozinha.

-  Alguma ocasião especial? - perguntou, preocupado.

        Mentalmente, ele repassava as datas significativas.

-  Não.

-  E para que isso tudo?

-  Para nós.

         Ele me olhou, confuso.

-  Sinto sua falta – eu disse.

-  Também sinto sua falta, Tessa. Detesto brigar com você – falou, e me abraçou.

-  Quer tomar um banho? Ainda vou cozinhar a massa.

-  Claro.

         Quinze minutos depois, ele apareceu na sala, tão mal intencionado quanto eu. Senti a fragrância do meu perfume favorito em sua pele, assim como aprovei o look casual escolhido: bermudas cáqui e camiseta preta (bem Batman, é claro!).

- Sente-se. Vou servir – eu ordenei.

         O jantar não poderia ter sido melhor. Modéstia à parte, a comida estava deliciosa. Inácio elogiou o molho e repetiu a massa várias vezes.

        A conversa fluiu naturalmente, restringindo-se aos assuntos seguros. Prevaleceu um acordo tácito: não tocamos em questões potencialmente inflamáveis, como casas de campo e bebês.

        Por fim, ele dispensou a sobremesa (o que estranhei, pois não era do seu feitio), e fomos para o quarto, onde fui avidamente beijada (então, entendi tudo). Sim, era o que eu queria – e tinha planejado. Mas a urgência dele me surpreendeu.

        Eu não deveria ter estranhado. Sempre nos demos muito bem e mantínhamos uma vida sexual ativa. Nos últimos tempos, no entanto, eu não estava “comparecendo” com tanta frequência e entusiasmo. Discutíamos muito, e isso sempre cortava o clima. Quando não estávamos brigando, dávamos um gelo no outro. Sinceramente, não sei o que era pior: a agressividade ou a indiferença. O fato é que tínhamos nos afastado.

       Naquela noite, nossos corpos se reencontraram e, como num passe de mágica, o estranhamento sumiu. O misto de emoções e sensações pareceu varrer todo o incômodo das semanas anteriores. Achei que nossos problemas tinham terminado quando, depois de fazermos amor pela segunda vez, Inácio deslizou os dedos por meu rosto, me aninhou junto ao seu corpo e disse, carinhosamente:

-  Eu te amo, Tessa. Sempre vou te amar.

        Dormi o sono dos deuses. E, na manhã seguinte, acordei às dez.

        Senti o cheirinho do café coado e fui até a cozinha.

-  Bom dia, meu amor! - disse, beijando sua nuca.

-  Um ótimo dia! - ele exclamou. E que noite, hein?!

         Notei que ele já tinha lavado as louças do jantar.

         Então, numa atitude imprudente (para não dizer estúpida), em uma operação que requeria sutileza, soltei:

          - Se tivéssemos filhos, nada disso teria acontecido. Você sabe, não é?

          Golpe baixo, eu sei. E até esperei que ele me dissesse isso, com todas as letras. Mas Inácio era, acima de tudo, um homem bem-educado, então ele se limitou a responder:

- Esse argumento não é válido, Tessa.

          Olhei-o, de forma interrogativa.

-  Sei que você diz que não quer perder a sua liberdade, parar de sair ou dormir pouco, entre outras coisas – o olhar dele foi significativo -, só que o filho cresce. Você não pode fazer uma escolha definitiva baseada em uma situação momentânea, que daqui a pouco não existe mais.

          Fez uma pausa.

- Para sua informação, eu me contentaria com um filho, apenas. Não pediria mais.

          Um curto silêncio, e acrescentou:

- Quero que saiba que ontem fiz uma proposta ao proprietário da Vila Mariana. Espero que ele aceite.

         Enquanto ele se dirigia ao escritório, visivelmente chateado, me deixando sozinha na cozinha, com o café recém-coado, eu disse, baixinho:

- Eu espero que não.

         É, de fato, tínhamos varrido o incômodo, mas para debaixo do tapete. E, subitamente, ele foi descoberto.

 
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       Duas semanas depois, Inácio entrou pela porta e anunciou:

- Se eu pudesse, te daria o Taj Mahal. Mas não sou Shah Jahan, então se contente com a Vila Mariana – balançou as chaves.

         Então, estava feito.

         Apenas assenti com a cabeça.

- Isso não te deixa nem um pouco feliz, Tessa? - ele perguntou, magoado, notando o meu desânimo.

-  Claro – me forcei a parecer animada. Vamos comemorar?

         Fui à cozinha e busquei duas taças. Retirei um espumante da geladeira.

- Você vai acabar gostando – ele tentou me consolar.

- Acho que sim. Mas, Inácio... - relutei em terminar a frase.

- O que foi?

- Isso não significa que concordei em engravidar, ok?

- Sei disso.

         Um silêncio se interpôs entre nós. Então, ele o rompeu.

- Tessa, só quero te pedir uma coisa: pense no assunto. Pense com carinho, está bem? É importante para mim.

         Aquilo me calou.

 Então, pensei na quantidade de mulheres que dariam tudo para estar no meu lugar, mas eu não conseguia me sentir feliz. Não era aquele o modelo de vida que sonhei para nós. Por que Inácio estava tão empenhado em estragar tudo?

 
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“Amor pra mim é ser capaz de

permitir que aquele que eu amo

exista como tal, como ele mesmo.

Isso é o mais pleno amor.

Dar a liberdade dele existir ao

meu lado do jeito que ele é.”

(Adélia Prado)

 

Desde que ouvi esse verso pela primeira vez, passei a repeti-lo e a endossá-lo. Parecia feito sob medida para mim. Contudo, descobri que era impreciso. Afinal, uma coisa era a teoria, outra, a prática.

De fato, o que mais tenho visto é um cônjuge tentando modificar o outro. E, comigo e Inácio, não era diferente. Ele queria que eu quisesse filhos; eu não queria que ele quisesse.

Eu não sabia o que aconteceria com o nosso casamento. Não sabia se um de nós iria ceder, ou se teríamos que nos separar, cada um seguindo o seu caminho. Mas evitava pensar nessa última hipótese, porque ela me deixava cheia de dor e vazia de significado.

Talvez fosse acontecer, mas deixaria para lidar com mais esse luto quando ele chegasse.

 

 

O capítulo 7 será publicado na sexta-feira, dia 1º de novembro.

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Texto: Cynthia França

Revisão: Arilma Peixoto

Colaboração: Adriano Machado, Anita Lima, Licínio Porto, Lorena Porto, Lucíola Pereira e Miriam Porto

2 comentários:

  1. Não havia lido nada da Cíntia até hoje. Aproveitei o tempinho livre e li esse capítulo 6. Gostei bastante!

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  2. Oh mulher difícil!!! Até entendo que ela não queira ter filhos, mas ela pega pesado demais! Ou o Inácio é cego ou vê algo de tão maravilhoso nela que eu ainda não vi...

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